terça-feira, 16 de novembro de 2010

A Fada da Chuva

Voltava da minha caminhada diária quando fui surpreendido por uma daquelas pancadas de chuva de verão. Abriguei-me embaixo de uma marquise e junto comigo estavam uma menina de aproximadamente seis anos e sua mãe. O diálogo entre as duas:

Menina: Mamãe olhe lá, é o vovô do outro lado da rua! Com um sorriso e muita euforia.

Mãe: Então vamos até lá querida!

Menina: Mas está chovendo, vou me molhar!... disse, com alguma tristeza.

Mãe: Lembre-se minha filha da Fada da Chuva, vamos nos molhar um pouco, mas com certeza ela nos protegerá.

Segundos depois; passos acelerados e o encontro do avô com sua neta, seguido de um inevitável abraço afetuoso e carinhoso.

Nunca imaginei que existia uma Fada da Chuva. Mas a lição da mãe serviu-me de algo para este texto.

Se quisermos atravessar de um lado para outro, promovermos alguma mudança em nossas vidas ou nas organizações onde atuamos, se estamos no aqui e agora e queremos chegar lá onde bons resultados e sucesso nos esperam; então é preciso:

- Construir uma visão muito clara do resultado que pretendemos atingir. Na nossa visão de futuro deve haver sucesso, comemorações e muita alegria.

- Saber que a travessia de um presente, o aqui e agora, para o futuro, exige invariavelmente sair do conforto, do abrigo e arriscar-se a algumas perdas. Riscos são necessários. Molhar-se faz parte do processo.

- Planejar seus passos rumo ao objetivo. Saber que embora vá sentir algum desconforto durante a travessia, é importante manter o foco no resultado. Ajuste sua caminhada, mais ou menos rápida, direta ou por atalhos. Lembre-se sempre da sua visão de futuro.

- Aprender com os erros já cometidos e buscar a proteção. Incentivo e motivação fazem parte desse processo. Muitas vezes não basta ter um planejamento fantástico. Pense muito no que você acredita, para alguns é preciso ter fé.

- Lembrar de pedir ajuda nessa travessia, acredite em quem já esteve lá. Apenas dê uma chance a si mesmo e faça valer suas parcerias.
No caso da nossa dupla – Mãe e filha - nunca imaginei que uma simples frase pudesse colocar todo um processo de realização em jogo. A Fada da Chuva que eu não conhecia estava presente como uma estratégia para o impulso inicial. Pode ser que durante a travessia na conversa de mãe e filha estivessem também os duendes das poças d'água. Somente elas poderiam dizer.

São dessas pequenas histórias que aprendemos que do outro lado da rua poderá estar algo novo a nos esperar.

A propósito, nas minhas pesquisas não encontrei a Fada da Chuva, mas a das Águas. Seu nome: Habundia.

Coloque suas fadas e duendes para trabalhar.

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